Na festa de formatura da Geologia da UFRGS de 2009, no Cais do Porto (fotos abaixo), vislumbrei aqueles velhos conhecidos suportes de ferro e lembrei da infância, onde todo domingo esperava ansiosa o timoneiro da barca do União amarrar a corda para podermos saltar para dentro e irmos para a ilha do Pavão. Meu pai ia todo domingo jogar bola e nós três brincar e nadar no Guaíba. Foi no velho Guaíba que aprendi a nadar , com o Gato.
Alguém pode perguntar, nadar no Guaíba? Mas o Guaíba não é só para ver o sol se por? Aliás fantástico.

Pois é aí que eu queria chegar! Que relação é esta desta gente portoalegrense, nossa, com o Rio Guaíba? Com um verão de quarenta graus e nem se pensa em sair do trabalho ou do colégio e dar um mergulho. Quando se perdeu isso? A quarenta? A trinta anos atrás? Ao invés de banho nos contentamos em admirar o por do sol?
Na década de oitenta passada, o colega Dr. Edison Bidone, geólogo, formado na UFRGS, professor e pesquisador em Geoquímica Ambiental na Universidade Federal Fluminense, ministrava cursos de educação ambiental, e em um destes cursos nos dizia: enquanto o portoalegrense não se indignar com a situação do Guaíba, não querer tomar banho novamente, tomar água, etc nada vai acontecer. Independente das políticas publicas e grandes recursos destinados a recuperação.
E como ele tinha razão! Lá se vão trinta anos.
Precisamos de longas campanhas de educação ambiental com toda a população, a começar pelo beabá, do tipo observar o entorno do rio e descrever o que se está vendo. Pois ao que parece, não se vê muita coisa mais, abstrai-se muito. Quando se vive no lixo não se vê mais este. Os cursos simples de educação ambiental que estamos desenvolvendo com o PET Geologia da UFPR no Paraná, com crianças do ensino fundamental poderiam muito bem ser aplicados aqui.
No feriado de ano novo, domingão, fui fotografar o que o Bidone queria dizer a mais de trinta anos e vejam só:
(as fotos estão em sequencia da Av. Ipiranga para o gasômetro)





As vezes as esculturas encomendadas não tem a repercussão esperada. É o caso da "Supercuias" para a comemoração dos 232 anos de Porto Alegre em 2004, conhecida como "Supertetas"!
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