Disciplina: Geologia Econômica (semestre 2 de 2009)
Pessoal, sejam bem vindos para mais esta viagem!
O blog é didático durante o semestre letivo, salvo algum acontecimento extraordinário.
Sejam todos bem vindos!
Maria José
O blog é didático durante o semestre letivo, salvo algum acontecimento extraordinário.
Sejam todos bem vindos!
Maria José
16.1.09
O Guaíba e o portoalegrense
O convívio com o Guaíba, nesta longa temporada em Porto Alegre, me trouxe muitas lembranças antigas. Me dei conta da íntima relação que temos com o rio Guaíba, que já foi estuário e agora é lago. Mas o rio já foi incorporado no nome: Rio Guaíba.
Na festa de formatura da Geologia da UFRGS de 2009, no Cais do Porto (fotos abaixo), vislumbrei aqueles velhos conhecidos suportes de ferro e lembrei da infância, onde todo domingo esperava ansiosa o timoneiro da barca do União amarrar a corda para podermos saltar para dentro e irmos para a ilha do Pavão. Meu pai ia todo domingo jogar bola e nós três brincar e nadar no Guaíba. Foi no velho Guaíba que aprendi a nadar , com o Gato.
Alguém pode perguntar, nadar no Guaíba? Mas o Guaíba não é só para ver o sol se por? Aliás fantástico.
Estes são os velhos suportes de ferro que margeiam o cais do porto.
Pois é aí que eu queria chegar! Que relação é esta desta gente portoalegrense, nossa, com o Rio Guaíba? Com um verão de quarenta graus e nem se pensa em sair do trabalho ou do colégio e dar um mergulho. Quando se perdeu isso? A quarenta? A trinta anos atrás? Ao invés de banho nos contentamos em admirar o por do sol?
Na década de oitenta passada, o colega Dr. Edison Bidone, geólogo, formado na UFRGS, professor e pesquisador em Geoquímica Ambiental na Universidade Federal Fluminense, ministrava cursos de educação ambiental, e em um destes cursos nos dizia: enquanto o portoalegrense não se indignar com a situação do Guaíba, não querer tomar banho novamente, tomar água, etc nada vai acontecer. Independente das políticas publicas e grandes recursos destinados a recuperação.
E como ele tinha razão! Lá se vão trinta anos.
Precisamos de longas campanhas de educação ambiental com toda a população, a começar pelo beabá, do tipo observar o entorno do rio e descrever o que se está vendo. Pois ao que parece, não se vê muita coisa mais, abstrai-se muito. Quando se vive no lixo não se vê mais este. Os cursos simples de educação ambiental que estamos desenvolvendo com o PET Geologia da UFPR no Paraná, com crianças do ensino fundamental poderiam muito bem ser aplicados aqui.
No feriado de ano novo, domingão, fui fotografar o que o Bidone queria dizer a mais de trinta anos e vejam só:
(as fotos estão em sequencia da Av. Ipiranga para o gasômetro)
Um dos muitos recantos que o lago "Rio Guaíba" oferece em sua orla.
É assim que o portoalegrense convive com o Guaíba. No meio do lixo, tomando banho ou tomando chimarrão. Fazendo pic-nic ou fazendo churrasco. A sujeira esta lá, mas não encomoda mais.
Quadras multiesportivas e iluminação noturna recém instaladas na orla do Guaíba. O projeto não inclui nenhuma lata de lixo. Que projeto é este da prefeitura?
Usina do Gasômetro, cheia de gente esperando o sol se por e curtindo o fim de tarde no feriado de ano novo.
As vezes as esculturas encomendadas não tem a repercussão esperada. É o caso da "Supercuias" para a comemoração dos 232 anos de Porto Alegre em 2004, conhecida como "Supertetas"!
Na festa de formatura da Geologia da UFRGS de 2009, no Cais do Porto (fotos abaixo), vislumbrei aqueles velhos conhecidos suportes de ferro e lembrei da infância, onde todo domingo esperava ansiosa o timoneiro da barca do União amarrar a corda para podermos saltar para dentro e irmos para a ilha do Pavão. Meu pai ia todo domingo jogar bola e nós três brincar e nadar no Guaíba. Foi no velho Guaíba que aprendi a nadar , com o Gato.
Alguém pode perguntar, nadar no Guaíba? Mas o Guaíba não é só para ver o sol se por? Aliás fantástico.
Estes são os velhos suportes de ferro que margeiam o cais do porto.
Pois é aí que eu queria chegar! Que relação é esta desta gente portoalegrense, nossa, com o Rio Guaíba? Com um verão de quarenta graus e nem se pensa em sair do trabalho ou do colégio e dar um mergulho. Quando se perdeu isso? A quarenta? A trinta anos atrás? Ao invés de banho nos contentamos em admirar o por do sol?
Na década de oitenta passada, o colega Dr. Edison Bidone, geólogo, formado na UFRGS, professor e pesquisador em Geoquímica Ambiental na Universidade Federal Fluminense, ministrava cursos de educação ambiental, e em um destes cursos nos dizia: enquanto o portoalegrense não se indignar com a situação do Guaíba, não querer tomar banho novamente, tomar água, etc nada vai acontecer. Independente das políticas publicas e grandes recursos destinados a recuperação.
E como ele tinha razão! Lá se vão trinta anos.
Precisamos de longas campanhas de educação ambiental com toda a população, a começar pelo beabá, do tipo observar o entorno do rio e descrever o que se está vendo. Pois ao que parece, não se vê muita coisa mais, abstrai-se muito. Quando se vive no lixo não se vê mais este. Os cursos simples de educação ambiental que estamos desenvolvendo com o PET Geologia da UFPR no Paraná, com crianças do ensino fundamental poderiam muito bem ser aplicados aqui.
No feriado de ano novo, domingão, fui fotografar o que o Bidone queria dizer a mais de trinta anos e vejam só:
(as fotos estão em sequencia da Av. Ipiranga para o gasômetro)
Um dos muitos recantos que o lago "Rio Guaíba" oferece em sua orla.
É assim que o portoalegrense convive com o Guaíba. No meio do lixo, tomando banho ou tomando chimarrão. Fazendo pic-nic ou fazendo churrasco. A sujeira esta lá, mas não encomoda mais.
Quadras multiesportivas e iluminação noturna recém instaladas na orla do Guaíba. O projeto não inclui nenhuma lata de lixo. Que projeto é este da prefeitura?
Usina do Gasômetro, cheia de gente esperando o sol se por e curtindo o fim de tarde no feriado de ano novo.
As vezes as esculturas encomendadas não tem a repercussão esperada. É o caso da "Supercuias" para a comemoração dos 232 anos de Porto Alegre em 2004, conhecida como "Supertetas"!
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